memórias, pensamentos, delírios ou apenas ideias para partilhar e não para guardar...
Tão perto e tão longe...
O que vêem nesta mão?
Fotografia de Luís M. Gomes in olhares.com
Dedos de uma mão, de uma mão estendida, estendida para cima...
O que vêem nesta mão?
Mão que dá? Mão que recebe? Mão que quer? Mão que espera? Mão que se estende a quem a vier buscar? Mão que pede? Mão vazia? Mão cheia? Cheia de vontade? Cheia de pedidos? Cheia de Medos? Cheia de Dúvidas? Cheia de esperança? Cheia de defesas? Cheia de amor? Cheia de incertezas? Cheia de humildade? Cheia de querer? Cheia de coragem? Uma mão que se estende a todos nós todos os dias.... Mão nossa, Mão alheia, Mão humana que muda a sua história todos os dias... umas vezes é Mão que dá, mão cheia... outras vezes é Mão vazia que recebe...
Que todos nós tenhamos a humildade de saber ser todas estas mãos quando for tempo de as ser!
Coração Polar

Fotografia de L Du Lac in olhares.com
Não sei de que cor são os navios
quando naufragam no meio dos teus braços
sei que há um corpo nunca encontrado algures no mar
e que esse corpo vivo é o teu corpo imaterial
a tua promessa nos mastros de todos os veleiros
a ilha perfumada das tuas pernas
o teu ventre de conchas e corais
a gruta onde me esperas
com teus lábios de espuma e de salsugem
os teus naufrágios
e a grande equação do vento e da viagem
onde o acaso floresce com seus espelhos
seus indícios de rosa e descoberta.
Não sei de que cor é essa linha
onde se cruza a lua e a mastreação,
mas sei que em cada rua há uma esquina
uma abertura entre a rotina e a maravilha.
Há uma hora de fogo para o azul
a hora em que te encontro e não te encontro
há um ângulo ao contrário
uma geometria mágica onde tudo pode ser possível
há um mar imaginário aberto em cada página
não me venham dizer que nunca mais
as rotas nascem do desejo
e eu quero o cruzeiro do sul das tuas mãos
quero o teu nome escrito nas marés
nesta cidade onde no sítio mais absurdo
num sentido proibido ou num semáforo
todos os poentes me dizem quem tu és.
Manuel Alegre (1936) in Poemas de Amor
Piano (Michael Nyman)
Si Conocieras el Don de Dios

Si conocieras como te amo, si conocieras como te amo
dejarias de vivir sin amor,
si conocieras como te amo, si conocieras como te amo
dejarias de mendigar cualquier amor,
si conocieras como te amo, como te amo
Serias mas feliz.
Si conocieras como te busco, si conocieras como te busco
Dejarias que te alcanzara mi voz ,
si conocieras como te busco, si conocieras como te busco
dejarias que te hablara al corazon,
si conocieras como te busco, como te busco
escucharias mas mi voz.
Si conocieras como te sueño, si conocieras como te sueño
Me preguntarias lo que espero de ti,
si conocieras como te sueño, si conocieras como te sueño
buscarias lo que he pensado para ti,
Pensarias mas en mi.
(Si Conocieras el Don de Dios) Música de Hermana Glenda
...
Há dias em que nos sentimos pequeninos, muito pequeninos... em que nos sentimos extremamente vulneráveis e mesmo não querendo tornamo-nos susceptíveis a qualquer "ameaça" exterior... sem forças para encontrar a Força dentro de nós... mesmo sabendo que ela existe algures...